domingo, 13 de abril de 2014

Que é, quais são suas entidades e como surgiu a Umbanda (uma analise minha)

A fim de desmistificar ideias criadas por aqueles que ainda não a conhecem, e como, sabemos todos tememos o que não conhecemos. Falar: ah eu recebi tal conselho de exu tal... Parece numa primeira instância algo maléfico, mas o que viria a ser essa entidade, será que nós a conhecemos? Num mundo, de hoje, direcionado pela lógico é necessário conhecer antes de julgar. Fazer experimentos e coletar dados para analises, aí sim teremos certeza do que é dito. Então aconselho a quem tem curiosidade ou sente necessidade dessa luz, que a procure. Mal nenhum fará e se ainda acredita que há algum mal, saibamos que Deus é infinitamente mais poderoso que tudo, se o tivermos, nada precisamos temer, certo?!

Que é?


A Umbanda é uma religião brasileira, que reúne culturas europeias (no catolicismo e kardecismo), africanas (no candomblé) e indígenas (no xamanismo). É válido lembrar que ela difere em todas as religiões, acima citadas, tem semelhanças com cada, mas, não é igual. Difere do catolicismo, porque crê na reencarnação, do kardecismo, porque lida com objetos externos como ervas e frutas, do candomblé porque não lida com nada de origem animal. No xamanismo, não lembro de nenhuma diferença importante. Se iguala as demais na crença dum só Deus, dum Mestre Maior Jesus, nos ensinamentos do Evangelho e na lei da caridade.
O uso de plantas, não é obrigatório, serve de processo para curas, melhor explicado abaixo. Na Umbanda trabalhamos com espíritos desencarnados que do lado de lá enxergam muito mais que nós e podem nos guiar numa direção mais correta. A Umbanda não trabalha com coisas ruins, maldições, desmanches de casamentos... Ou com dinheiro. O significado desse nome na verdade é amor e caridade. Se em algum lugar, que se diz Umbanda, se usa de alguns desses artifícios, desconfie... 

Ela crê em céu e inferno?


Acreditamos que quando desencarnamos, não vamos a um inferno ou céu, que criamos nosso próprio inferno ou céu de acordo com nossas emoções, se fomos bons ou ruins. Pode ocorrer dum espirito ficar remoendo algo ruim de sua vida por séculos, isso nos é o inferno. O céu é a consciência limpa. 

Que é Aruanda? Seria o céu?


Muito comentada em vários âmbitos, Aruanda é uma cidade espiritual. Não, não acreditamos em um lugar como o céu, porque nada pode segurar, exceto Deus, um espirito. Ele se move com o pensamento, se pensa num lugar, lá estará, não tem como ficar preso num local. Aruanda é cidade de estudos voltados ao bem. Lá se reúnem os obreiros do Pai e analisam problemas que as pessoas têm e pensam numa maneira de ajudar. Tem muitas plantas, rios, montanhas, que servem de descanso a aqueles que buscam fuga dos problemas, é como se fosse um céu, mas, o espirito pode ir e vir quando quiser. 


Que são os orixás?


Acreditamos que Deus age em todas as formas do Universo e que tudo tem uma razão, um porque. Algumas pessoas são baixas que outras por um motivo ou tem maior dificuldade aprender algo por outro. Nem uma folha cai da arvore sem a vontade do Pai. E como que ele age? Através de nós, de energias, de animais, plantas, pedras. Tudo... Orixás são essas energias exteriorizadas do Pai. Quando a alguém diz que é filho de tal orixá, significa que é filho de Deus, mas, que tem aquela característica em demasia. Por exemplo: se alguém é filho de Oxum, significa que é uma pessoa que tem muito amor, de Oxóssi que tem conhecimento... Sobre cada orixá há uma postagem abaixo dessa descrita como: Saudação aos orixás, onde falo mais de cada um e onde agem, através de seus pontos.

O que são as entidades?



O que acontece é que quando morremos deixamos para trás nossos entes queridos, amigos, etc e uma vez do lado de lá, continuamos a amá-los. Decidimos protegê-los como guardiões, contra más influências e perigos. Esses guardiões é que são os exus e pombas-gira. Tomam esses nomes e formas, para que quando conversemos com eles, não saibamos que foram nossos pais ou amigos que se foram e que por isso nos sintamos tristes. São nossos amigos, e familiares desencarnados, do dia-a-dia, categorizados como demônios por obra da perseguição religiosa. São obreiros leais da caridade, que se abnegaram para nos ajudar e por isso merecem nossa consideração. Ás vezes nem podem ser nossos conhecidos, mas, são alguns que querem o bem de todos e nessa causa se dedicam na proteção. Mas como é que meu avô ou tio, pai iria me proteger de alguma entidade de baixo astral se na vida terrena ele era apenas, sei lá, um professor? Bom, aqueles que querem nos ajudar, são ensinados do lado de lá por seres iluminados na causa do bem. Esses seres, os grandes mestres da Umbanda, são os:


Pretos velhos: espíritos representados assim porque significam os sábios, os bons e os humildes. Foram os padres, pastores, monges e santos de outros tempos que voltam na forma de seres simples para que não fiquemos fazendo votos que os manchem. Se soubéssemos que uma tal Vovó Catarina fosse Madre Teresa ou Irmã Dulce, acabaríamos por ficar orgulhosos a dizer uns aos outros: ah Madre Teresa falou comigo, eu mereço... Entendem?! Então usam de nomes simples para evitar aumentar nosso ego. Os pretos velhos trabalham na parte mental das pessoas, na sua paz interior, nos iluminando e nos guiando a luz. 


Caboclos: representados por índios, boiadeiros, marinheiros... São nossa força física e espiritual. Trabalham com nossas curas. Quando alguém fica doente e pede ajuda a um pastor, padre, pai de santo... É um caboclo, que por intermédio desse líder religioso cura o fiel. A imagem, comumente associada de índio faz referencia a essa parte de curas, todos sabem que os indígenas conheciam bem as plantas curativas, os chás, etc... 


Crianças: são seres muito iluminados, talvez sejam alguns dos mais que eu saiba. São espíritos, tão puros e bons que quando chegam na Terra, têm de assumir a forma de criança dada a pureza e inocência de seus sentimentos. Trabalham com a felicidade de cada, o sentimento de alegria, a vontade de viver, a derrota da depressão e sentimentos baixos. Nos influem a perdoar e entender a vida como se fosse uma escola, em que aprendemos cada dia, cada vez mais... 


Os exus e pombas-gira que trabalham já a um tempo no bem a serviço duma dessas entidades, podem vir com o tempo a se tornar uma delas. São considerados, os guardas, os policiais, os fazedores da lei, porque sua vontade no bem é realmente muito forte. Como alunos que um dia podem se tornar professores. 

Que são as músicas (pontos cantados) ou aqueles riscos (pontos riscados)?



Acreditamos que tudo no Universo funciona de maneira cientifica, sei que não parece... Mas... 
Os pontos cantados ou riscados são como botões ou baterias que ativam energias. Se queremos proteção por exemplo poderíamos usar um ponto de Ogum (São Jorge) ou de paz, usaríamos de Oxalá (Jesus). 

E quanto as bebidas, danças, rodopios e risadas dos exus e pombas-gira?


Fator, criticado, mesmo pelos umbandistas, é na verdade mal compreendido. A risada, danças, rodopios e bebidas são na verdade formas de nos proteger de eguns (desenarcados de pessoas que aqui foram más e que lá continuam más). A risada dum exu, a dança da pomba-gira ecoam grandes distâncias no mundo espiritual, como se dissessem: essa pessoa aqui é protegida por mim, fiquem longe em nome do Pai. 

Como surgiu?  

Em 1908 no Rio de Janeiro, um médium (pessoa que serve de intermédio entre o planto espiritual e físico) kardecista chamado Zélio de Moraes, recebeu a visita duma entidade que denominava Caboclo das Sete Encruzilhadas.

Esse índio dizia que esse era seu nome porque nenhum caminho a ele era fechado. Dizia que nasceria uma religião dedicada aos pobres e necessitados, firmada nas bases espiritualistas do kardecismo. As pessoas próximas a Zélio, também médiuns, julgaram erradamente o caboclo porque acreditaram ser um espirito preso a ideias passadas de ser ainda um índio e tal. Não associaram a ideia com as curas. Com o tempo, isso passou e tornaram-se muito próximas, de modo que todos os médiuns da Umbanda leem o Livro dos Espíritos, os Evangelhos, etc, quando adentram na religião. 



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